
O preenchedor de ácido hialurônico é uma substância utilizada em procedimentos estéticos para preencher sulcos e aumentar o volume de áreas faciais e corporais como: lábios, maçãs do rosto, nariz, mandíbula entre outros. Como é feito o ácido hialurônico usado em preenchedores - Dr Jefferson Nunes, explica passo a passo do processo de fabricação. O ácido hialurônico é uma molécula naturalmente encontrada no organismo humano, principalmente na pele, articulações e olhos, e desempenha um papel importante na hidratação e na manutenção da estrutura da pele. Devido a presença no organismo humano o ácido se torna bio compatível quando aplicado.
A história do preenchedor de ácido hialurônico remonta ao final do século XX. O ácido hialurônico foi descoberto pela primeira vez em 1934 por cientistas Karl Meyer e John Palmer, que isolaram a substância de tecidos oculares bovinos. No entanto, foi somente na década de 1990 que os preenchedores de ácido hialurônico começaram a ser utilizados na medicina estética.
Inicialmente, os preenchedores eram derivados de fontes animais, como cristas de galo e bactérias. No entanto, com o avanço da tecnologia, foi desenvolvida uma forma sintética de ácido hialurônico, obtida por meio da fermentação bacteriana. Essa versão sintética apresenta várias vantagens em relação aos preenchedores de origem animal, como menor risco de reações alérgicas e maior durabilidade.
O ácido hialurônico é um dos preenchedores mais populares atualmente devido à sua capacidade trazer resultados estéticos favoráveis sem a necessidade de cirurgia.

O procedimento é geralmente rápido e não requer anestesia geral, apenas anestesia local ou tópica. Os resultados são imediatos e podem durar em média de 12 a 24 meses, dependendo do produto utilizado e do metabolismo individual.
É importante ressaltar que o uso de preenchedores de ácido hialurônico deve ser realizado por profissionais experientes e devidamente capacitados, a fim de evitar complicações e garantir resultados seguros e satisfatórios. Extração da matéria prima: O ácido hialurônico utilizado como preenchedor é produzido por meio de um processo de fermentação bacteriana. A fabricação do ácido hialurônico sintético envolve as seguintes etapas:

1. Isolamento da cepa bacteriana: Inicialmente, é selecionada uma cepa bacteriana produtora de ácido hialurônico. A cepa mais comumente usada é a Streptococcus equi subsp. zooepidemicus.
2. Cultivo bacteriano: A cepa bacteriana é cultivada em um meio de cultura adequado, geralmente contendo nutrientes como glicose e sais minerais. A fermentação é realizada em condições controladas de temperatura, pH e agitação, para permitir o crescimento bacteriano e a produção do ácido hialurônico.
3. Purificação: Após o período de fermentação, a cultura bacteriana é processada para separar o ácido hialurônico das células bacterianas e outras impurezas. Isso geralmente envolve etapas de centrifugação, filtração e precipitação do polímero.
4. Modificação do peso molecular: Dependendo do uso pretendido, o ácido hialurônico pode passar por um processo de modificação do peso molecular. Isso é feito para obter diferentes viscosidades e características físicas, adequadas para diversas aplicações cosméticas e médicas.
5. Estabilização e Reticulação: O ácido hialurônico é então estabilizado por meio da adição de soluções tampão e outros aditivos, para garantir sua segurança e durabilidade.
6. Envasamento: O ácido hialurônico é embalado em seringas ou frascos estéreis, prontos para uso médico ou estético.
Processo de reticulação A reticulação é um processo químico realizado no ácido hialurônico para modificar suas propriedades e aumentar sua estabilidade, tornando-o adequado para uso como preenchedor dérmico. A reticulação é alcançada pela ligação covalente cruzada entre as moléculas de ácido hialurônico, o que resulta em um gel mais espesso e de longa duração.
O processo de reticulação do ácido hialurônico geralmente envolve os seguintes passos:
1. Pré-reticulação: O ácido hialurônico é dissolvido em um meio aquoso, geralmente uma solução tampão, para formar uma solução homogênea. Essa solução é então tratada com agentes de reticulação, que são moléculas bifuncionais contendo grupos reativos em ambas as extremidades.
2. Reação de reticulação: Os agentes de reticulação reagem com os grupos hidroxila presentes nas moléculas de ácido hialurônico, formando ligações covalentes entre elas. Os agentes de reticulação mais comumente usados são o 1,4-butanodiol diglicidil éter (BDDE) e o divinilsulfona (DVS). Esses agentes reagem com os grupos hidroxila do ácido hialurônico, formando pontes cruzadas entre as moléculas.
3. Neutralização e purificação: Após a reticulação, a solução é neutralizada para interromper a reação química e remover qualquer excesso de agente de reticulação não reagido. Isso geralmente é feito por meio da adição de soluções tampão ou outros reagentes adequados. Em seguida, o gel reticulado é purificado, removendo-se impurezas, resíduos e agentes de reticulação não reagidos por meio de filtração ou outras técnicas de purificação.
4. Formulação e esterilização: O gel reticulado de ácido hialurônico é então formulado em seringas ou frascos estéreis, prontos para uso médico ou estético. Geralmente, o produto final passa por um processo de esterilização, como esterilização por calor ou radiação, para garantir sua segurança.
É importante observar que diferentes técnicas e agentes de reticulação podem ser utilizados por diferentes fabricantes, resultando em produtos com características e propriedades variadas. Cada produto de ácido hialurônico reticulado pode ter seu próprio processo específico de reticulação, mas a descrição acima fornece uma visão geral do processo comumente utilizado.
Por Dr Jefferson Nunes CROSP138207
Cirurgião Dentista / Especialista em harmonização Facial
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